O lançamento da III Conferência Estadual do Meio Ambiente é um convite à reflexão sobre a sociedade que estamos construindo, em especial, no que se refere ao turismo, importante potencial econômico do nosso estado. Naturalmente, queremos aperfeiçoar ações que representem avanços na nossa economia, como qualificar nosso parque turístico, buscando a liderança no setor, mas só isso é pouco. Na verdade, apenas reforça um modelo de exclusão que precisamos combater.
Ao mesmo tempo, e, sem dúvida, com maior peso e importância, defendemos que estes avanços se dêem em um ambiente de respeito e valorização do homem e seu habitat. Como no caso das famílias de assentamentos, que ao longo de décadas vêm tirando seu sustento de atividades em áreas hoje ambicionadas por empreendimentos “competitivos” da indústria turística. Aí fica a pergunta: o que interessa a quem?
A questão que se impõe é compreender que nossas ações em nome do “grande salto” devem considerar de forma prioritária a dignidade humana, por meio de dois pilares fundamentais à sua existência, a água e a terra, de onde surge e se mantém a vida. Daí a importância dos temas principais da Conferência: atividades produtivas, cidades. macro-estrutura, terra e água.
Encontrar soluções para questões relacionadas a barragens, uso, preservação e apropriação particular das águas em 2006; ou ainda, as mais de mil ocorrências de posse, uso e luta pela terra, no mesmo ano de 2006, são desafios para administrações públicas, organismos não governamentais e todos os cidadãos que tenham consciência sobre o preço do “amanhã”.
Diante de tudo isso se torna evidente que os setores da sociedade precisam se organizar e defender seus interesses em nome de um projeto maior, que é a superação das adversidades de uma sociedade sustentável. Alinhar esforços em favor de minorias e questões inerentes a condição dos menos favorecidos fazem de momentos como o lançamento da III Conferência do Estadual do Meio Ambiente um alerta sobre os passos que queremos dar.
Software Livre
Software Livre e a socialização do conhecimento
Nos tempos atuais, uma criança monta sites na internet. Quantos da nossa geração são capazes desta proeza? Este exemplo por si só indica que houve uma mudança de paradigmas e que estamos todos diante de uma revolução digital que já invadiu lares e escolas. E nós enquanto cidadãos, lideranças, gestores, estamos tendo uma visão de futuro? Estamos tendo um olhar focado no futuro?
As particularidades desse início de século fazem da tecnologia uma mediadora das relações humanas, o estar no mundo digital significa uma inclusão e uma possibilidade. Porém, ao mesmo tempo em que esta tecnologia transpõe barreiras, diminuindo distâncias e facilitando o acesso a informação; ela, quando não administrada a partir de uma visão social, pode contribuir para o aumento das desigualdades, privilegiando ainda mais aqueles os info-ricos. Nessa categoria podemos incluir, sem o risco de cometer injustiças, àqueles que detêm a propriedade de softwares, ou, como o mercado costuma designar, os donos da receita do bolo.
Neste sentido, ampliar a discussão sobre a utilização de softwares livres é trazer para o debate duas posições muito claras, de um lado a socialização do conhecimento e de outro a resistência pela reserva do saber. Notadamente, nesta sociedade do conhecimento esta reserva significa uma arma para a manutenção das diferenças sociais decorrentes deste modelo. Assim, investindo numa nova filosofia de uso e programação de sistemas operacionais de computadores, que privilegie a produção aberta, o Ceará reforça seu compromisso com a info-inclusão.
Aqui no nosso Estado, já durante a formação de nosso programa de governo, debatemos e traçamos diretrizes no sentido da inovação científica e tecnológica, da democratização e participação popular na definição de políticas públicas. Neste sentido, afirmamos textualmente em nosso programa de governo a aspiração em adotar e incentivar o uso preferencial de software livre, o qual não gera uma dependência tecnológica à Administração Pública nem a sociedade, tendo em vista que atualmente faz-se necessário designar dos cofres públicos do Estado, em valores aproximados, cerca de vinte e um milhões de reais com o pagamento de licenças de softwares para uso nas diversas secretarias do Estado.
Assim, entendemos que através da utilização de softwares livres, da ampliação do acesso à informática com a possibilidade de promover a socialização digital nas nossas escolas e comunidades, daremos um passo rumo à plena democratização do conhecimento, etapa importante para alcançar uma satisfatória inclusão social.
Tv DigitalCeará entra na era da TV Digital
A qualidade da imagem digital passou a ser uma realidade para os fortalezenses, através da assinatura dos termos de consignação dos canais do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTV) com as emissoras de televisão da capital cearense, e isso significa dizer que estamos em vias de conhecer uma profunda reviravolta na relação do telespectador com o conteúdo da TV aberta. É notória a compreensão de que a mídia de grande audiência, em especial a TV que chegou aos lares brasileiros na década de 50, tem sido um trunfo na homogeneização da sociedade, determinando um modo de vida único, ou ainda, no caso brasileiro, o modo de vida da zona sul carioca.
Dentre as muitas vantagens da tecnologia digital, a questão da interatividade representa um dos grandes avanços em relação ao modelo mídia-telespectador que conhecemos. Interrompe-se um ciclo de passividade do telespectador, dando início ao modelo de comportamento telespectador-cidadão, que, entre outras vitórias, está o direito de ter uma programação que valorize a identidade local. O telespectador cidadão poderá escolher a que “público” quer pertencer, e este direito de optar tem no processo de interatividade um instrumento legítimo. Ao mesmo tempo, no conjunto destas mudanças , decorrentes de instalação do modelo nipo-brasileiro de TV Digital, estabelece-se ainda uma nova relação da mídia com o mercado, afastando-se do modelo “liberdade de expressão do cidadão x liberdade de expressão comercial.
É fundamental também destacarmos neste processo de instalação da TV Digital no Brasil, a qualidade da pesquisa no nosso país, já que a tecnologia que possibilitará esta interatividade do sistema é genuinamente brasileira, com o singular e “brasileiríssimo” nome de Ginga, desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Este é um bom exemplo de que o Brasil está na vanguarda do desenvolvimento de tecnologia. É o modelo midiático de interação telespectador e mídia, com cores verde e amarelo.
Francisco José Pinheiro
Software Livre
Software Livre e a socialização do conhecimento
Nos tempos atuais, uma criança monta sites na internet. Quantos da nossa geração são capazes desta proeza? Este exemplo por si só indica que houve uma mudança de paradigmas e que estamos todos diante de uma revolução digital que já invadiu lares e escolas. E nós enquanto cidadãos, lideranças, gestores, estamos tendo uma visão de futuro? Estamos tendo um olhar focado no futuro?
As particularidades desse início de século fazem da tecnologia uma mediadora das relações humanas, o estar no mundo digital significa uma inclusão e uma possibilidade. Porém, ao mesmo tempo em que esta tecnologia transpõe barreiras, diminuindo distâncias e facilitando o acesso a informação; ela, quando não administrada a partir de uma visão social, pode contribuir para o aumento das desigualdades, privilegiando ainda mais aqueles os info-ricos. Nessa categoria podemos incluir, sem o risco de cometer injustiças, àqueles que detêm a propriedade de softwares, ou, como o mercado costuma designar, os donos da receita do bolo.
Neste sentido, ampliar a discussão sobre a utilização de softwares livres é trazer para o debate duas posições muito claras, de um lado a socialização do conhecimento e de outro a resistência pela reserva do saber. Notadamente, nesta sociedade do conhecimento esta reserva significa uma arma para a manutenção das diferenças sociais decorrentes deste modelo. Assim, investindo numa nova filosofia de uso e programação de sistemas operacionais de computadores, que privilegie a produção aberta, o Ceará reforça seu compromisso com a info-inclusão.
Aqui no nosso Estado, já durante a formação de nosso programa de governo, debatemos e traçamos diretrizes no sentido da inovação científica e tecnológica, da democratização e participação popular na definição de políticas públicas. Neste sentido, afirmamos textualmente em nosso programa de governo a aspiração em adotar e incentivar o uso preferencial de software livre, o qual não gera uma dependência tecnológica à Administração Pública nem a sociedade, tendo em vista que atualmente faz-se necessário designar dos cofres públicos do Estado, em valores aproximados, cerca de vinte e um milhões de reais com o pagamento de licenças de softwares para uso nas diversas secretarias do Estado.
Assim, entendemos que através da utilização de softwares livres, da ampliação do acesso à informática com a possibilidade de promover a socialização digital nas nossas escolas e comunidades, daremos um passo rumo à plena democratização do conhecimento, etapa importante para alcançar uma satisfatória inclusão social.
Francisco José Pinheiro
Tv DigitalCeará entra na era da TV Digital
A qualidade da imagem digital passou a ser uma realidade para os fortalezenses, através da assinatura dos termos de consignação dos canais do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTV) com as emissoras de televisão da capital cearense, e isso significa dizer que estamos em vias de conhecer uma profunda reviravolta na relação do telespectador com o conteúdo da TV aberta. É notória a compreensão de que a mídia de grande audiência, em especial a TV que chegou aos lares brasileiros na década de 50, tem sido um trunfo na homogeneização da sociedade, determinando um modo de vida único, ou ainda, no caso brasileiro, o modo de vida da zona sul carioca.
Dentre as muitas vantagens da tecnologia digital, a questão da interatividade representa um dos grandes avanços em relação ao modelo mídia-telespectador que conhecemos. Interrompe-se um ciclo de passividade do telespectador, dando início ao modelo de comportamento telespectador-cidadão, que, entre outras vitórias, está o direito de ter uma programação que valorize a identidade local. O telespectador cidadão poderá escolher a que “público” quer pertencer, e este direito de optar tem no processo de interatividade um instrumento legítimo. Ao mesmo tempo, no conjunto destas mudanças , decorrentes de instalação do modelo nipo-brasileiro de TV Digital, estabelece-se ainda uma nova relação da mídia com o mercado, afastando-se do modelo “liberdade de expressão do cidadão x liberdade de expressão comercial.
É fundamental também destacarmos neste processo de instalação da TV Digital no Brasil, a qualidade da pesquisa no nosso país, já que a tecnologia que possibilitará esta interatividade do sistema é genuinamente brasileira, com o singular e “brasileiríssimo” nome de Ginga, desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Este é um bom exemplo de que o Brasil está na vanguarda do desenvolvimento de tecnologia. É o modelo midiático de interação telespectador e mídia, com cores verde e amarelo.
Francisco José Pinheiro
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